sexta-feira, 20 de maio de 2011

Manu Gavassi conta tudo sobre música e composição

Bruno Senna/Esp. EM

Manu Gavassi acabou de completar 18 anos e sair do colégio. Apesar disso, ela já está na estrada há muito tempo. Há um ano foi descoberta pelo produtor Rick Bonadio, que assistiu a seus vídeos no You Tube e ofereceu um contrato para a garota. O primeiro CD foi contou com uma participação de Daniel Weksler, baterista da banda NX Zero, e de Lucas Silveira, vocalista da Fresno, que compôs Canta Comigo, especialmente para o CD. Desde então, ela tem conquistado corações com o single Garoto errado. E mostra que o sucesso não será passageiro. O single do segundo CD, Você deveria saber, já está bombando e todo mundo jura ser baseado no Pe Lu, do Restart. 

Ragga Drops – Quando você começou a compor e cantar? 
Manu Gavassi – Eu canto desde pequena, mas era uma coisa que eu fazia mais de brincadeira. Sempre falei para os meus pais ‘eu quero ser cantora ou atriz’! E eles eram atores, então incentivavam muito. Quando eu tinha uns 13, 14 anos, meu pai me ensinou a tocar violão e eu comecei a escrever música. E foi muito legal porque foi uma coisa de instinto, eu não sabia o que estava fazendo, só escrevi. Quando já tinha algumas músicas eu mostrei para o meu pai e ele falou: ‘ filha, você sabe escrever música de verdade!’ (risos). 

RD – Como o sucesso mudou a sua vida? 
MG – Agora eu tenho muito mais responsabilidades do que uma menina da minha idade. Minas amigas estão na faculdade, estudando e eu já trabalho. Estou viajando a uma semana, fazendo divulgação, sozinha, sem meus pais o que é meio estranho. Acho que essa parte, de ter adultos contando com o que eu faço. É um peso. 

RD – Algum fã já passou do limite? 
MG – Acho que não. O que eu mais gosto nelas é que vêm pedir um conselho, falar ‘nossa, essa musica é exatamente o que eu estou vivendo’. Saber que elas se identificam. 

RD – O Brasil tem mais cantores e bandas teen do que nunca. Você acha que a gente está no meio de uma renovação da música teen no Brasil? 
MG – Acho que sim. A galera começou a perceber que estava faltando uma coisa por aqui. Por isso que todas as meninas se espelhavam tanto nas cantoras americanas, não tinha ninguém por aqui. Acho que este é um momento de fortalecer. Principalmente para mim, para a Lu Alone para a Julie. A gente tem que ir pra cima dessas bandas de muleque, ai! (risos) 

RD – Como é o seu processo de criação? 
MG – Eu nunca sento e falo 'vou escrever uma musica'. Ela vem na minha cabeça tudo junto, a letra e a melodia, eu pego o violão e escrevo tudo. Geralmente é de madrugada, quando a gente fica pensando mais na vida. Ano passado, quando eu ainda estava na escola, tinha ficado até as 3h fazendo um trabalho e tinha que acordar às 6h. Coloquei a cabeça no travesseiro e falei: 'Graças a Deus, eu vou dormir'. Deitei e veio uma música na cabeça, com o refrão inteiro! Eu falei: ‘Não! Volta depois, não quero!’ Mas se não escrevo na hora, perco pra sempre. Foi assim que eu comecei a gravar no meu celular. Assim sempre tem pedaços de músicas no meu celular, que depois eu continuo. 

RD – Que tipo de música você escuta em casa? 
MG – Gosto de conhecer músicas diferentes. Meu pai era viciado em música, então eu sempre escutei muita coisa diferente e no último volume lá em casa. E ele não era o tipo de pai que falava: ‘Ah filha, você não vai ouvir Jonas Brothers, eles são ruins’. Ele nunca teve preconceito, o que ajudou a deixar a minha cabeça aberta. Assim eu escuto muita coisa. Desde CDs que eu roubo dele, tipo coletânea do Oasis, The Beatles, jazz, Matchbox Twenty até as cantoras pop de hoje, que tem tudo a ver com a minha idade, como Miley, Demi Lovato, Taylor Swift, Lily Allen, Avril Lavigne. 

RD – Você acabou de sair do colégio. Pensa em fazer faculdade? 
MG – Penso! Queria muito fazer moda. Eu só não entrei direto porque não dava pra conciliar os dois. Ia acabar faltando muito na faculdade, ou ia acabar perdendo muita oportunidade de trabalho. Eu conversei com meus pais e eles falaram que não tem pressa, dá pra entrar na faculdade com 19 anos. Mas eu não quero deixar de ter essa experiência da faculdade. Vejo as minhas amigas falando e fico com vontade! 

RD – Em quem você se inspira? 
MG – Acho que meu maior ídolo é a Taylor Swift, que é uma cantora pop country dos EUA. Adoro o jeito que ela escreve as músicas, contando uma história sobre a vida dela, que é o que eu gosto de fazer também. 

RD – Qual é o seu cantor preferido da geração Disney? 
MG – Sou muito fã de Jonas Brothers. O Nick lançou o Nick Jonas and the administration sozinho e eu achei demais. Ele tem 17 anos e a banda dele é demais, com gente mais velha, que entende demais de música. Ele é meio prodígio musical. Sou muito fã. 

RD – Está correndo um boato de que a recém-lançada Você deveria saber é sobre o Pe Lu, do Restart. É verdade? 
MG – Eu já me exponho muito nas minhas letras, elas são 100% reais. Então o nome dos meninos eu vou sempre guardar a sete chaves. A letra o pessoal pode interpretar da forma que quiser, mas o nome eu guardo pra mim. 

RD – Vai rolar fazer uma música com a Lu Alone? (pergunta da leitora @Karlotinha) 
MG – A gente quer muito! Eu sou amiga da Lu e a gente sempre fala que vai rolar. Só precisa marcar e fazer mesmo. A gente queria fazer eu, ela e a Julie. Meninas superpoderosas! (risos) 

RD – Quando criança, você já cantava no chuveiro, fazendo o xampu de microfone, sonhando em ser cantora profissional? (pergunta do leitor @BananadaBH) 
MG – Até hoje! Eu também pego o xampu e fico ‘obrigada, muito obrigada’, fingindo que é premio, sabe?! (risos) É ridículo, mas faço até hoje. 

RD – Quando você vai fazer um show grande em BH? (pergunta das leitoras @sheina_plisto e @mairacamila) 
MG – Quero marcar a data de um show para o segundo semestre.

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