Foto: André GiorgiAmpliar
Durante as gravações de "Corações Feridos", Patrícia Barros descobriu por meio uma coluna de TV que a novela seria adiada
Patrícia Barros, protagonista da próxima novela do SBT, “Corações Feridos” quase não pode viver seu final feliz nas telinhas. Em 2010, a uma semana da estreia, uma adaptação da novela mexicana “La Mentira”, ela descobriu através de notícias da internet que a emissora adiaria o projeto. Depois de meses de muita instabilidade no set devido à enxurrada de notícias negativas, o SBT finalmente confirmou o que todos, menos o elenco, pareciam saber: que “Amor e Revolução”, outra produção da casa, substituiria “Corações Feridos” no horário nobre. “Pensei que era melhor eu ficar zen, aceitar, me resignar. ‘Vou meditar!’, conta Patrícia, 30 anos, que há dez decidiu fazer uma aula de interpretação com um amigo, se apaixonou e decidiu investir na carreira de atriz.
Foto: André GiorgiAmpliar
"O teatro te dá um autoconhecimento enorme, até porque a ferramenta do ator é ele mesmo", diz a atriz e modelo
Modelo desde a adolescência, Patrícia divide os genes da beleza com a irmã famosa, a top model Ana Beatriz Barros, um ano mais nova. “Eu só tenho 1m70. As outras modelos são muito mais altas, têm mais de 1m76. Minha irmã, por exemplo, tem 1m82”, diz ela, que nunca deixou de exercer a profissão. Fã de meditação budista e ioga, foi com essa postura zen que Patrícia encarou o desafio de talvez não ver seu maior projeto como atriz ir para o ar.
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Não dou a mínima para ser a protagonista da próxima novela das 8"
Mesmo com “Corações” tendo sido filmada até o fim, nada garantia que a o SBT colocasse a novela no ar após “Amor e Revolução”. Mas deu certo e o folhetim estreia nesta segunda-feira (16). Sem grande burburinho na divulgação, por motivos como o fato de dois atores do elenco principal (Rubinho Pecoraro e Cynthia Falabella) estarem no ar em “Aquele Beijo”, da Rede Globo, Patrícia não perde o entusiasmo. “Na vida tudo tem seu tempo. Não sou o tipo de pessoa que passa o carro na frente dos bois. Se fluir legal, ótimo”, reflete.
Noiva de Marcos Campos, um dos mais bem-sucedidos e poderosos empresários da noite paulistana, dono de casas noturnas como o club Disco e Número, Patrícia diz que não tem pressa em subir ao altar com o namorado: “Estou deixando rolar”, diz ela.
Confira o bate-papo e o ensaio com a atriz, que recebeu a reportagem do iG no apartamento que divide com a irmã no bairro de Higienópolis, em São Paulo, há quatro anos. “Mas passo tanto tempo na casa do meu namorado que às vezes me sinto perdida. Onde deixei tal coisa. Nunca tenho um guarda-roupa completo em lugar nenhum”, brinca.
Foto: André GiorgiAmpliar
"Nunca sou de cantar vitória antes do tempo. Aprendi desde os tempos de modelo que mesmo tendo feito fotos para uma campanha, ela pode cair"
iG: Como aconteceu a transição da carreira de modelo internacional para atriz?
Patrícia Barros: Eu tinha 23 anos. Fui com um amigo meu fazer uma aula do Beto Silveira (professor de atuação) e fiquei apaixonada. Adorei aquilo. É muito terapêutico. O teatro te dá um autoconhecimento enorme, até porque a ferramenta do ator é ele mesmo. Então você começa a conhecer seus mecanismos de defesa, a forma como você funciona. Quando você tem esse autoconhecimento, para de se apegar a certas coisas.
Patrícia Barros: Eu tinha 23 anos. Fui com um amigo meu fazer uma aula do Beto Silveira (professor de atuação) e fiquei apaixonada. Adorei aquilo. É muito terapêutico. O teatro te dá um autoconhecimento enorme, até porque a ferramenta do ator é ele mesmo. Então você começa a conhecer seus mecanismos de defesa, a forma como você funciona. Quando você tem esse autoconhecimento, para de se apegar a certas coisas.
iG: Como foi sua trajetória profissional até ser escalada para a sua primeira protagonista?
Patrícia Barros: Fiz uma participação em “Malhação” (Globo) em 2008, minha personagem se chamava Mayara e fez parte da trama por uma semana. Aí eu comecei a fazer TV porque eu já havia feito muito teatro, peça de rua. Já produzi bastante curta, produção é uma coisa que eu gosto muito. É chato, mas eu gosto. Foi então que surgiu minha grande oportunidade para a TV (em “Corações Feridos”). Me chamaram e eu fiz o teste.
Patrícia Barros: Fiz uma participação em “Malhação” (Globo) em 2008, minha personagem se chamava Mayara e fez parte da trama por uma semana. Aí eu comecei a fazer TV porque eu já havia feito muito teatro, peça de rua. Já produzi bastante curta, produção é uma coisa que eu gosto muito. É chato, mas eu gosto. Foi então que surgiu minha grande oportunidade para a TV (em “Corações Feridos”). Me chamaram e eu fiz o teste.
iG: Como foi essa experiência?
Patrícia Barros: Foi ótimo. Eu agradecia a Deus todos os dias por estar fazendo uma coisa que eu amava. Me senti realizada, plena, podendo exercer diariamente a profissão que eu escolhi. O ator tem uma profissão em que ele depende muito do outro, não tem como estar atuando se não tem uma equipe afinada, ainda mais em TV.
Patrícia Barros: Foi ótimo. Eu agradecia a Deus todos os dias por estar fazendo uma coisa que eu amava. Me senti realizada, plena, podendo exercer diariamente a profissão que eu escolhi. O ator tem uma profissão em que ele depende muito do outro, não tem como estar atuando se não tem uma equipe afinada, ainda mais em TV.
iG: O que achou da personagem, uma mocinha adaptada de uma novela que foi sucesso no México?
Patrícia Barros: Ah, eu me identifiquei com ela. Uma pessoa ética, que busca o bem, luta contra todos os males do mundo. E apaixonada, perdidamente apaixonada. Apesar de um monte de coisa que vai acontecer, ela não desiste do amor, ela não desiste do dela, vai até o limite. Ela é guerreira, vai atrás de seus sonhos, que é viver esse grande amor.
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Estou noiva há um ano, mas não tenho pressa, estou deixando rolar"
iG: Você tem o cabelo castanho e na novela ficou loira. Foi um pedido da produção?
Patrícia Barros: Sim. Fiz Great Lenghts (uma técnica de alongamento dos fios) a pedido do Del (Rangel, diretor da trama). Se foi a dona Íris(Abravanel, a responsável pela adaptação do texto da novela) quem pediu, não sei.
Patrícia Barros: Sim. Fiz Great Lenghts (uma técnica de alongamento dos fios) a pedido do Del (Rangel, diretor da trama). Se foi a dona Íris(Abravanel, a responsável pela adaptação do texto da novela) quem pediu, não sei.
iG: Como foi sua reação quando descobriu, ainda durante as filmagens, que a estreia de “Corações Feridos” seria adiada?
Patrícia Barros: Eu estava gravando no interior de São Paulo e havia programado meu celular para receber alertas do Google sobre qualquer assunto relacionado à ‘Corações Feridos’. Um dia recebi um alerta de uma coluna de TV que dizia que a novela iria de novembro (de 2010) para março (de 2011). Ai eu pensei 'Ahn? Como assim?'
Patrícia Barros: Eu estava gravando no interior de São Paulo e havia programado meu celular para receber alertas do Google sobre qualquer assunto relacionado à ‘Corações Feridos’. Um dia recebi um alerta de uma coluna de TV que dizia que a novela iria de novembro (de 2010) para março (de 2011). Ai eu pensei 'Ahn? Como assim?'
Foto: André GiorgiAmpliar
"Se eu for fazer a personagem pequenininha ou a principal, vou fazer com o mesmo tesão. Não é para massagear o meu ego. Não dou a mínima pra isso"
iG: Há quanto tempo você já estava gravando?
Patrícia Barros: Há alguns meses. Já estava passando chamada na TV, iria estrear na semana seguinte! Olha, eu nunca sou de cantar vitória antes do tempo, juro, na minha profissão desde os tempos de modelo eu aprendi que, por exemplo, mesmo tendo feito fotos para uma campanha, ela pode cair. Isso acontece comigo, com a Gisele Bündchen, com todo mundo. E quando foi com a novela, pensei: ‘Caraca!’. Ai eu fui perguntar para a produção. Ninguém sabia de nada e as colunas de TV continuavam a noticiar tudo. Cada notícia era uma facada no peito. Pensei que era melhor eu ficar zen, aceitar, me resignar. ‘Vou meditar!’. Não tem o que fazer, se o problema estava ali e não poderia ser resolvido, não é ficar aflita que vai resolver. Vou ficar quieta no meu canto. Se tiver que sair, vai sair. Se não sair, terá sido uma ótima escola.
Patrícia Barros: Há alguns meses. Já estava passando chamada na TV, iria estrear na semana seguinte! Olha, eu nunca sou de cantar vitória antes do tempo, juro, na minha profissão desde os tempos de modelo eu aprendi que, por exemplo, mesmo tendo feito fotos para uma campanha, ela pode cair. Isso acontece comigo, com a Gisele Bündchen, com todo mundo. E quando foi com a novela, pensei: ‘Caraca!’. Ai eu fui perguntar para a produção. Ninguém sabia de nada e as colunas de TV continuavam a noticiar tudo. Cada notícia era uma facada no peito. Pensei que era melhor eu ficar zen, aceitar, me resignar. ‘Vou meditar!’. Não tem o que fazer, se o problema estava ali e não poderia ser resolvido, não é ficar aflita que vai resolver. Vou ficar quieta no meu canto. Se tiver que sair, vai sair. Se não sair, terá sido uma ótima escola.
iG: Como você ficou de fato sabendo que “Corações Feridos” seria substituído por “Amor e Revolução”?
Patrícia Barros: O diretor (Del Rangel) reuniu a equipe e o elenco e contou. Mas não foi fácil mesmo estando preparada. Um dos meus colegas de elenco, o Paulo Coronato, tentou me confortar: ‘Ih Patrícia, é a segunda vez que isso acontece comigo em uma novela daqui. Uma demorou cinco anos pra entrar no ar, é normal’. Eu que não sabia que isso acontecia. E o ritmo continuou frenético, as gravações não pararam.
Patrícia Barros: O diretor (Del Rangel) reuniu a equipe e o elenco e contou. Mas não foi fácil mesmo estando preparada. Um dos meus colegas de elenco, o Paulo Coronato, tentou me confortar: ‘Ih Patrícia, é a segunda vez que isso acontece comigo em uma novela daqui. Uma demorou cinco anos pra entrar no ar, é normal’. Eu que não sabia que isso acontecia. E o ritmo continuou frenético, as gravações não pararam.
iG: E como foi isso para você? Afetou seu desempenho?
Patrícia Barros: Sou caxias, cdf, vivia pra isso. Trabalhava, chegava em casa e comia uma coisa rápida, e ai ia decorar texto. Depois tentava dormir pelo menos umas seis horas. Eu fazia todas as outras coisas cotidianas decorando cena. O ritmo era puxado, teve dias em que gravei 37 cenas. Não sou a pessoa que tem a maior facilidade do mundo para decorar. No começo era um parto, TV era novo pra mim, depois ficou fácil. E no meio de tudo isso então foi um baque, tudo teve que ser muito sistemático. Eu acabei perdendo algumas coisas, como o aniversário do meu namorado e o aniversário da Disco, além da formatura da minha irmã mais nova (Maria Luiza).
Patrícia Barros: Sou caxias, cdf, vivia pra isso. Trabalhava, chegava em casa e comia uma coisa rápida, e ai ia decorar texto. Depois tentava dormir pelo menos umas seis horas. Eu fazia todas as outras coisas cotidianas decorando cena. O ritmo era puxado, teve dias em que gravei 37 cenas. Não sou a pessoa que tem a maior facilidade do mundo para decorar. No começo era um parto, TV era novo pra mim, depois ficou fácil. E no meio de tudo isso então foi um baque, tudo teve que ser muito sistemático. Eu acabei perdendo algumas coisas, como o aniversário do meu namorado e o aniversário da Disco, além da formatura da minha irmã mais nova (Maria Luiza).
iG: Depois dessa experiência você continuou a investir em TV? Foi atrás de mais projetos?
Patrícia Barros: Vou esperar estrear, ver o que vai dar, como será a repercussão. Na vida tudo tem seu tempo. Não sou o tipo de pessoa que passa o carro na frente dos bois. Se fluir legal, ótimo.
Patrícia Barros: Vou esperar estrear, ver o que vai dar, como será a repercussão. Na vida tudo tem seu tempo. Não sou o tipo de pessoa que passa o carro na frente dos bois. Se fluir legal, ótimo.
iG: Você não está atrás da fama e do estrelado que um papel de protagonista poderiam proporcionar?
Patrícia Barros: Não quero ser a protagonista da novela das 8. Quero ser uma atriz. Se eu for fazer a personagem pequenininha ou a principal, vou fazer com o mesmo tesão. Não é para massagear o meu ego. Não dou a mínima pra isso. Pra mim o que interessa é estar trabalhando.
Foto: André GiorgiAmpliar
“Eu só tenho 1m70. As outras modelos são muito mais altas, minha irmã, por exemplo, tem 1m82”, compara ela com a top Ana Beatriz Barros
iG: E além da peça você tem um projeto paralelo na internet, um site. Também continua trabalhando como modelo?
Patrícia Barros: Tenho um site de notícias de moda, beleza e comportamento chamado UMust e também continuo trabalhando como modelo, nunca parei. Como modelo sempre fiz mais a parte comercial, que são as campanhas, comerciais, que é xampu, lingerie, biquíni, por exemplo. Fiz muita coisa de moda também, apesar da minha altura.
Patrícia Barros: Tenho um site de notícias de moda, beleza e comportamento chamado UMust e também continuo trabalhando como modelo, nunca parei. Como modelo sempre fiz mais a parte comercial, que são as campanhas, comerciais, que é xampu, lingerie, biquíni, por exemplo. Fiz muita coisa de moda também, apesar da minha altura.
Foto: Eduardo Lopes
Patrícia Barros e o namorado, Marcos Campos: "Ele é um amor"
iG: Como é seu novo projeto no teatro.
Patrícia Barros: Estou trabalhando em uma peça chamada 'Covil da Beleza', o texto é de um amigo meu chamado Eduardo Ruiz, que foi indicado no ano passado ao Prêmio Shell. Fala um pouco de inversão de valores da sociedade, de como as pessoas dão mais peso a coisas materiais do que ao amor, conquistas da alma, enfim, não é uma peça hippie, é bem contemporânea. Tem uma personagem que é uma vendedora que quer ser famosa a qualquer custo.
Patrícia Barros: Estou trabalhando em uma peça chamada 'Covil da Beleza', o texto é de um amigo meu chamado Eduardo Ruiz, que foi indicado no ano passado ao Prêmio Shell. Fala um pouco de inversão de valores da sociedade, de como as pessoas dão mais peso a coisas materiais do que ao amor, conquistas da alma, enfim, não é uma peça hippie, é bem contemporânea. Tem uma personagem que é uma vendedora que quer ser famosa a qualquer custo.
iG: Você está noiva do seu namorado de quatro anos. Como estão os preparativos para o casamento?
Patrícia Barros: Estou noiva há um ano, mas não tenho pressa, estou deixando rolar. Não tenho vontade de fazer uma grande cerimônia não, só de chamar uns amigos, não pensei muito. Mas filhos eu tenho vontade sim, bastante, vamos ver. O Marcos é um amor.
Patrícia Barros: Estou noiva há um ano, mas não tenho pressa, estou deixando rolar. Não tenho vontade de fazer uma grande cerimônia não, só de chamar uns amigos, não pensei muito. Mas filhos eu tenho vontade sim, bastante, vamos ver. O Marcos é um amor.
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